domingo, 7 de junho de 2020

Efêmera Ingratidão




Ah dor, que consome meu ser,
Vem até mim, mansamente
Para que seu sentir seja menos intenso,
Para que não tenhas o prazer em me torturar,
E que se vá o quanto antes
Da minha alma cansada, 
do tormento eterno, 
do teu sentir.

O sentir da solidão
Que sempre está em meus olhos,
mesmo acompanhada de seres que tentam o meu bem,
De seres que buscam arrastar-me insanamente para a luz...
Mas apredi que meu lugar é o lado mais escuro, no canto.
Pois até quando quero o bem, sempre serei má, odiada, repudiada, afastada!

Dolorida ingratidão, seres repugnantes que tanto me atormentaram,
morreram no inferno do meu tormento,
que assim seja, e se mantenham em chamas,
para que assim possa voltar a ter a paz solitária que a vida vivida me trouxe.

Que os Deuses tragam junto à estas palavras adoecidas,
o sentir da minha molestia,
Adormecida pela leveza da dor, carregada pelo peso da alma morta que carrego por toda a vida.
Que a ingratidão, e força das palavras espargidas, sejam cravadas na carne, pela boca profana a qual as proferiu.
Esta será minha paz
Este será finalmente o meu descanso
Da dor intensa da ingratidão!

Antonielle Ferreira (@antonielleladydarks)


Efêmera Ingratidão

Ah dor, que consome meu ser, Vem até mim, mansamente Para que seu sentir seja menos intenso, Para que não tenhas o prazer em me torturar, E ...